terça-feira, 15 de novembro de 2011

Festival Estudantil Sala de Teatro fecha um ciclo e exibe resultado de nove meses de trabalho

Surpreendente. Assim foi o primeiro dia de apresentação dos grupos de teatro formados dentro das escolas municipais de Ribeirão Preto. O projeto Sala de Teatro, coordenado pela Cia Ainda Sem Nome, com as participações dos grupos Zibaldoni, Boccaccione, Engasga Gato e Os Andarilhos, com realização da Secretaria da Cultura e da Origem Produções e patrocínio do Instituto 3M, Usina da Pedra, CPFL, Bebidas Ipiranga e Copersucar, arrebatou a plateia formada especialmente por estudantes e seus pais. A primeira apresentação aconteceu no domingo, no Teatro Santa Rosa e deixou alegre a todos os envolvidos. “As peças estavam deliciosas, o público totalmente envolvido, adorei ver aquela criançada enfrentando um palco e os outros curtindo as peças,” comentou Flávio Racy, coordenador do projeto.
Depois de uma trajetória burocrática de aprovação no Proac, captação de recursos e definição das escolas participantes, os integrantes dos grupos iniciaram a programacão pedagógica do projeto nas cinco escolas municipais, em abril. Um vídeo produzido a partir de imagens do cotidiano do projeto, revelou, logo na abertura do Festival, a positiva relação mantida entre os estudantes, diretores das escolas e os grupos orientadores. “Foi uma experiência maravilhosa. Nós vimos a transformação que o projeto proporcionou na vida dos participantes”, disse Leonardo Santa Rosa, do grupo Zibaldoni.

Para a Secretária da Cultura Adriana Silva, trata-se de um projeto a ser copiado. “Ele mantêm a secretaria como facilitadora e articuladora do processo cultural, os artistas como agentes e a produtora como viabilizadora da prosposta. É assim mesmo que deve ser. A adesão das empresas patrocinadoras se deu pelo mérito da proposta e tendo em vista os resultados, esperamos poder renovar para 2012”.
Ainda durante a exibição do vídeo de 15 minutos foi possível observar o quanto o projeto contribuiu para o desenvolvido dos envolvidos. Muitos estudantes testemunharam suas vergonhas anteriores e a libertação que o teatro proporcionou, possível de ser vista no momento das apresentações. Os diretores também foram ouvidos e entre os que falaram a constatação de que o projeto ajudou no aprendizado e nas relações escolares e familiares. “Fiquei mesmo muito encantada com os resultados da proposta”, comentou Marici Villas da Origem Produções.

Os pais que foram ao teatro Santa Rosa ver os seus filhos também se supreenderam. Uma mãe falava repetidamente que não esperava ver algo tão lindo. A plateia foi perfeita. Os mais de 100 estudantes, todos vestidos com suas camisetas coloridas se comportaram como parte do espetáculo. Riram das graças, mas apoiaram com aplausos e muita atenção, fazendo o silêncio necessários para a melhor compreensão possível do conteúdo proposto. “Uma das coisas que me chamou a atenção nas encenações é que alguns alunos se revelaram como bons atores, todos tiveram uma capacidade incrível de memorizar longos textos, improvisaram nos momentos de dificuldade de maneira a envolver a plateia e, o mais incrível, a escolha dos textos, como o Alto da Compadecida, por exemplo, permitiu um aprendizado de temas como moral política, certo e errado. Acho que este projeto é um daquele que merece receber prêmio”, concluiu Adriana Silva.

No total, há o envolvimento de cinco grupos orientadores, 120 alunos participamntes de seis escolas municipais, todas elas estrategicamente escolhidas em especial, pela localização periférica. Com três apresentações por dia, o Festival Estudantil Sala de Teatro aconteceu ainda nesta segunda e hoje dia 15, apresenta mais três espetáculos (às 14h, 16h e 18h) todas no Teatro Santarosa.

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