terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os três primeiros dias do 2º Festival de Teatro de Ribeirão Preto superaram todas as expectativas

A abertura do 2º Festival de Teatro aconteceu no dia 11, com um debate sobre Teatro e Educação, no Centro Cultural Palace. Aceves Moreno, ator, diretor e professor da Universidade de Ouro Preto, debateu com uma plateia atenta sobre a relação entre a escola e o teatro. “Ele deixou informações claras de como agir dentro da proposta de formação de público a partir do universo da educação”, diz Adriana Silva, Secretária da Cultura. “A escola não se preocupa em ensinar o estudante a gostar de arte”, explicou Moreno.
No sábado, 17 horas, o grupo Zibaldoni encantou ao público presente no Parque Maurílio Biagi. Crianças e adultos riram dos palhaços do Gran Circo Internazionale. Interativo, o espetáculo venceu a chuva que caiu nos últimos minutos da apresentação. “Incrível como as pessoas não se moveram com a chegada da chuva”, comentou Letícia Andrade, curadora do Festival. Roberto Rosa, da Cooperativa Paulista de Teatro, estava em Ribeirão especialmente para acompanhar ao Festival. Ele ficou na cidade durante os dois primeiros dias e informou que volta para ver outras peças.

À noite, de volta ao Centro Cultural Palace, alunos do curso de teatro do Centro Universitário Barão de Mauá apresentaram “O Horácio,” de Heiner Müller. Ao relatar como o romano Horácio matou o Albano Curiácio numa guerra que assegurou a vitória de Roma, o grupo ousou nos recursos cênicos e instigou um debate após ao espetáculo que levou o público presente a pensar nos vários estilos do teatro e a relação com a plateia.
Enquanto isso, no SESC, Augusto Marin e Will Saint Claire, ofereceram, durante os três primeiros dias, a oficina “Máscaras, bufões, truões e parlapatões”. Com um público ligado ao teatro, as atividades completaram a proposta do Festival. Os dois profissionais acompanharam também outras apresentações e, mesmo da plateia, contribuiram com comentários pertinentes no momento dos debates.

Na noite de domingo, a Trupe Acima do Bem e do Mal, apresentou o espetáculo “Pânico, ansiedade paroxistica episódica”, no Centro Cultural Palace. Planejada para ser vista por um grupo pequeno de até 40 expectadores, devida a proposta interativa e cenográfica da peça, os atores foram surpreendidos com um público duas vezes superior a este número e concordaram em fazer duas sessões. “Não esperava esta reação. Quem veio para assistir e não conseguiu por causa dos lugares ficou esperando por uma hora para acompanhar a segunda sessão. Todos nós da organização nos surpreendemos muito”, comentou Simara Cauchik, Diretora de Atividades da Secretaria da Cultura.

Em decorrência das duas apresentações o debate do espetáculo aconteceu às 23 horas. Aceves Moreno relatou suas impressões e dialogou com um público de 20 pessoas até meia noite. “Deixo Ribeirão Preto absolutamente covencido de que o Festival de Teatro da cidade está começando muito bem. Estou sentido um orgulho alheio. A partir de hoje serei um propagador das qualidades culturais da de Ribeirão”, concluiu Moreno.

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